A Máquina Pára e Outros Contos | Artigo no Times Literary Supplement

«A Máquina Pára, conto de E. M. Forster, é uma das mais surpreendentes de entre essas obras de imaginação profética. Escrevendo em 1909 [...], Forster perscrutou, com arrepiante presciência, a sociedade digital dos nossos tempos, fisicamente isolada mas ligada pelo ecrã. A história descreve meios de comunicação que prefiguram chamadas pelo Skype e conferências no Zoom. Do seu quarto, Vashti [...] dá uma palestra sobre "música no período australiano" a uma plateia espalhada pelo mundo, numa descrição perfeita de uma TED Talk.

Algumas das questões que o conto levanta ficam sem resposta, mas o actual confinamento revela que nunca estivemos tão próximos do mundo pressagiado. Em nome da segurança, confiamos na conectividade digital. Caras em ecrãs substituem o contacto em pessoa. Podemos não ter alternativa, mas a ideia central do conto – o que é que isto nos pode fazer a nós? – é mais urgente que nunca.»

Tradução do artigo «Zoom, TED talks and lockdown in 1909», de Nicky Woolf, no Times Literary Supplement.


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