A Serpente | Ípsilon (Público) | Recensão de José Riço Direitinho ★★★★

«Originalmente publicado em 1945, A Serpente é o primeiro romance do inquieto e atormentado escritor sueco Stig Dagerman (1923-1954). Apodado de “Camus Sueco” e de “Rimbaud do Norte”, tornou-se, desde a sua estreia literária, num autor de culto e no “símbolo de uma desiludida geração do pós-guerra”. À época, influenciou muitos escritores suecos, entre eles Per Olov Enquist (que se tornaria num dos mais destacados e reconhecidos autores nórdicos). Stig Dagerman frequentou os meios anarquistas de Estocolmo ao mesmo tempo que mantinha uma intensa actividade jornalística; igualmente intensa foi a sua produção literária, tendo escrito toda a sua obra em menos de meia dúzia de anos – suicidou-se aos 31 anos de idade.

Influenciado pelo desespero kafkeano e por Faulkner, a sua curta obra é uma espécie de tratado sobre as relações humanas, sobre a sua “falsidade” (com uma forte componente psicanalítica, bastante notória no romance O Vestido Vermelho, em que Dagerman descreve brilhantemente o périplo da passagem da ingenuidade à maturidade) – e sobre como a angústia, a raiva e o medo funcionam como uma espécie de “forças” que de certa forma sustêm as relações humanas; o medo partilhado é “um elo de ligação entre as pessoas”, diz o narrador de A Serpente

Para ler na íntegra aqui.


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