Chamavam-lhe Caramelo e Bombom de Chocolate e Bolinho de Mel. Porém, quando viram o tom castanho da pele de Christine e o seu largo sorriso repleto de dentinhos de criança, brancos que nem açúcar, disseram com os seus botões: – Homessa, esta criança traz-me à ideia uma bolacha Oreo... vista de perfil.
Oreo (1974) podia ser a estreia de uma autora cool com um futuro risonho no mundo da comédia. Mas quis o Destino que assim não fosse, apagando-o do Olimpo literário e remetendo-o ab initio para o Hades da escrita. Incrivelmente ignorado e inexplicavelmente esquecido, este romance narra a gloriosa aventura de Oreo, catraia de Filadélfia e filha de mãe negra, em busca do pai judeu na Grande Maçã e da «revelação do segredo do seu nascimento», qual Teseu moderno com um je ne sais quoi feminista. Seguindo as pistas deixadas pelo desaparecido progenitor, armada com um vocabulário invejável e um complexo sistema de golpes de autodefesa, a nossa heroína embrenha-se no labirinto de ruas e do metro nova-iorquino, solucionando enigmas e arrumando adversários com igual destreza e celeridade. Fundindo pirotecnia verbal q.b. e sátira em doses generosas, iídiche ma non troppo e cultura pop dos anos 70, Oreo é uma versão moderna do mito grego de Teseu, uma hilariante e picaresca viagem de autodescoberta e, sobretudo, uma inteligente visão de estereótipos raciais e da construção da identidade americana.
- TÍTULO ORIGINAL Oreo
- TRADUÇÃO Paulo Faria
- 1.ª EDIÇÃO 2016
- Páginas 280
- ISBN 978-972-608-278-1
*O preço final inclui 10% de desconto da editora (válido até 31/12/2024)
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