A voz de Forte não é plural, não é directa ou sinuosamente derivada, não é devedora. Como toda a poesia, a verdadeira, possui apenas a sua tradição.
Herberto Helder
António José Forte (1931-1988), o «mano Forte», como Luiz Pacheco o apelidava, é um dos mais admirados poetas portugueses. Integrou, nos anos 50 e 60, com Mário Cesariny, Herberto Helder e outros, o chamado grupo do Café Gelo. Ligado ao movimento surrealista, traçou contudo um percurso singular, obstinado, aproximando-se das ideias situacionistas e afastando-se de convicções partidárias. Durante os mais de 20 anos em que foi Encarregado das Bibliotecas Itinerantes da Fundação Calouste Gulbenkian, transportando-se numa Citroën abastecida de livros, levou a cultura e o prazer da leitura a regiões isoladas do país. A sua obra, breve mas poderosa, foi publicada em vários jornais, revistas e antologias, edições originais (de que se destaca Uma Faca nos Dentes, de 1983, que dá nome a este livro) e duas colectâneas póstumas com textos dispersos e inéditos.
- PREFÁCIO Herberto Helder
- 2.ª EDIÇÃO 2024
- páginas 192
- ISBN 978-972-608-296-5
*O preço final inclui 10% de desconto da editora (válido até 31/12/2024)
NÃO APLICÁVEL NOUTRAS CAMPANHAS EM CURSO