As bombas humanas são baratas: além da disponibilidade para o sacrifício, basta pregos, material explosivo, uma bateria, um interruptor, um pedacito de cabo, um par de reagentes químicos e um cinto resistente. O mais caro é a viagem de táxi até uma qualquer remota vila israelita.
Christoph Reuter combina o olhar do jornalista e do historiador para contar a história do suicídio como arma de guerra. Esta prática é observada à escala dos Estados, mas também à escala das famílias e dos indivíduos, identificando os factores de índole política, religiosa e social que em cada contexto tornam aceitável e justificável dispor da própria vida para matar o inimigo.
Reuter mostra que o bombista suicida não é mero subproduto da aliança entre tecnologia de explosivos e fanatismo islâmico: um conjunto de outros factores têm de ser levados em conta para compreender em cada caso aquilo que leva os indivíduos a ceifarem a sua própria vida num acto de guerra. É nas condições que produzem o bombista como arma de guerra que Reuter centra a sua atenção, revelando a história concreta de Estados e grupos militarizados em cujas práticas a combinação de mitologia islâmica, repressão militar e propaganda política produziu uma das formas mais perversas de martírio: o guerrilheiro disposto a explodir em nome de Deus.
- Título original Mein Leben ist eine Waffe
- Tradução Manuela Gomes
- 1.ª edição 2005
- Páginas 342
- ISBN 972-608-179-3
*O preço final inclui 10% de desconto da editora (válido até 31/12/2024)
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