De que são feitos os heróis? De que peles, de que ossos, de que carcaças, tendões, nervos, tecidos, de que carnes, de que almas são eles fabricados?
Argélia, 1956. Uma bomba que nunca viria a detonar é deixada numa fábrica, destinada a causar estragos e não a reclamar vidas, num acto simbólico. Um operário revolucionário e idealista, que sonha com um país livre e se opõe à violência cega, é denunciado. Detido e torturado, Fernand Iveton (1926-1957) seria o único pied-noir condenado e executado pelo Governo francês durante a Guerra da Argélia: um castigo que se pretendia exemplar e um aviso a todos os europeus que ousassem tomar o partido dos colonizados. França, onde Iveton conhecera o amor da bela Hélène, que o acompanharia até ao fim dos seus dias, silenciaria a voz do dissidente, mas nunca a esperança colectiva de uma futura nação. Dos Nossos Irmãos Feridos (2016), num estilo de tirar o fôlego, retrata os últimos dias de Fernand Iveton e relembra que por vezes é a ficção que traça os veredictos mais justos, quando a justiça dos homens se revelou indigna.
Livro que agitou as águas em França, foi adaptado ao cinema em 2021, por Hélier Cisterne, e venceu em 2016 o Prémio Goncourt para romance de estreia. O autor recusou-o, pois a sua visão da literatura «não é compatível com a ideia de competição, e a concorrência e a rivalidade são alheias à escrita e à criação»; além disso, o laureado sempre preferiu o anonimato, escudando-se no pseudónimo Joseph Andras.
«Arrebatador.» New York Times
«Vibrantemente lírico. Surpreendentemente poderoso.» Le Monde
«Uma obra-prima.» La Croix
- TÍTULO ORIGINAL De nos frères blessés
- TRADUÇÃO Luís Leitão
- CAPA Rui Silva
- 1.ª EDIÇÃO 2021
- PÁGINAS 168
- FORMATO 13,5 x 21 cm
- ISBN 978-972-608-391-7
*O preço final inclui 10% de desconto da editora (válido até 31/12/2024)
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