A beleza e a verdadeira riqueza são sempre assim, baratas e desprezadas. O paraíso poderia ser definido como o lugar que os homens evitam.
A par dos seus textos políticos mais interventivos, Henry David Thoreau celebrizou-se no Nature writing, com escritos telúricos em que a Natureza e a sua sagacidade dão azo a reflexões e inevitáveis comparações com a existência humana. E, no ocaso da vida, o autor polia com esmero os dois breves ensaios aqui reunidos, publicados postumamente em 1862, na revista The Atlantic Monthly.
Em Maçãs Silvestres, o leitor depara com um poético catálogo de espécies, que celebra as virtudes destes humildes frutos, capazes de brotar estoicamente nos recantos mais esquecidos dos bosques. Triunfo do natural e do autêntico sobre tudo o que é civilizado, neles se revê inevitavelmente Thoreau, eterno paladino de salutares despertares anímicos. Cores de Outono é uma ode a esta estação, um hino a matizes e cambiantes da flora outonal e, sobretudo, ao ritmo digno do mundo natural, avesso ao bulício da civilização.
Fragmentos em que Thoreau retira da Natureza supremas lições de vida, Maçãs Silvestres & Cores de Outono ensinam-nos, como o carvalho-vermelho, a almejar por luz e céus limpos, para que o quotidiano não descore; desafiam-nos a ver com olhos de ver a tela de pintor que nos rodeia e, como as folhas caídas a seu tempo, a despojarmo-nos da vida com igual nobreza.
- TÍTULO ORIGINAL Wild Apples / Autumnal Tints
- TRADUÇÃO Luís Leitão
- 1.ª EDIÇÃO 2016
- Páginas 168
- FORMATO 13,5 x 21 cm
- ISBN 978-972-608-281-1
*O preço final inclui 10% de desconto da editora (válido até 31/12/2024)
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