Romance expressionista censurado na Alemanha, O Caminho do Sacrifício tem uma génese reveladora: o estado-maior alemão confiara a Fritz von Unruh a missão de fazer uma crónica da Batalha de Verdun. Porém, os superiores ignoravam que o autor era um pacifista convicto que, em vez de conceber a esperada ode ao patriotismo e à guerra, condenaria a sua monstruosidade. Composto no Verão de 1916, em Verdun, O Caminho do Sacrifício é uma sinfonia abominável da guerra em quatro andamentos, centrada num punhado de soldados alemães a caminho de um gólgota e na sua dança macabra rumo à aniquilação. As suas frases-baionetas, tão aguçadas como líricas, e um vivo expressionismo dão força a este grito plangente contra o absurdo da carnificina.
Fritz von Unruh (1885-1970), poeta, romancista e dramaturgo, foi um dos mais dotados escritores expressionistas alemães. Pôs fim à sua carreira no exército para se dedicar exclusivamente à escrita e é autor de uma obra que assenta na integridade e na responsabilidade do indivíduo perante a humanidade. Pacifista inabalável, foi um dos primeiros intelectuais a alertar para a ameaça do fascismo. Exilou-se em França e nos EUA, tendo sido privado da nacionalidade alemã em 1939 pelos nacionais-socialistas. Recebeu o prestigiado Prémio Goethe em 1948.
- titulo original Opfergang
- tradução Manuel Resende
- 1.ª edição 2014
- páginas 176
- isbn 978-972-608-257-6
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