Uma estranha loucura domina as classes operárias das nações onde reina a civilização capitalista. Essa loucura é o amor pelo trabalho, a paixão moribunda pelo trabalho, levada até à exaustão das forças vitais do indivíduo e da sua prole.
Numa era em que a religião do trabalho exige dos seus fiéis crescentes sacrifícios laborais, em troca de um lugar na santa comunidade de cidadãos honestos, ler O Direito à Preguiça (1880) é cometer um salutar pecado capital.
No século XIX, quando já os santos do capitalismo se alinhavam no firmamento da economia, Paul Lafargue aprimorava na prisão, com muita ironia, este ensaio clássico e iconoclasta. Debruçando-se sobre a devoção ao trabalho que arrebatara os operários da época, o autor punha em causa a universalidade e a historicidade deste absurdo zelo, numa sociedade em que o indivíduo se abstinha do seu tempo livre em nome da sobreprodução e da acumulação obsessiva. Leitura imprescindível nos tempos que correm, O Direito à Preguiça é um eloquente manifesto contra o vício do trabalho, que corrompe as faculdades humanas, e em defesa da liberdade fundamental de empregarmos o tempo a nosso bel-prazer.
- TÍTULO ORIGINAL Le Droit à la paresse
- TRADUÇÃO José Alfaro
- 2.ª edição 2021
- PÁGINAS 96
- ISBN 978-972-608-288-0
*O preço final inclui 10% de desconto da editora (válido até 31/12/2024)
NÃO APLICÁVEL NOUTRAS CAMPANHAS EM CURSO