É surpreendente, quatro séculos depois da sua morte, que a densidade do pensamento de Michel de Montaigne (1533-1592) nos ofereça ainda tanto para descobrir. Montaigne que nasceu e morreu numa época marcada pelas intolerâncias de protestantes e católicos fez dos seus Ensaios um hino à vida um hino tenaz e inadiável. E quando, a mais de quatrocentos anos da sua morte – neste nosso tempo de tolerâncias forçadas complacências de superfície, outro modo afinal de engordar fundamentalismos e guerras santas, abusos do Direito (sendo este um oportuno alheamento do ser único), formas sub-reptícias de assacar e infligir o poder – relemos este autor, somos arrebatados pela modernidade do seu espírito: a recusa absoluta de transformar a opinião em poder, o desprezo pela violência, a defesa intransigente do prazer. Este Pequeno Vade-mécum composto por fragmentos e trechos retirados dos Ensaios pretende constituir-se um luzeiro para o leitor não especialista penetrar a «floresta luxuriante» de Montaigne.
- TRADUÇÃO Luís Leitão
- 1.ª EDIÇÃO 2004
- Páginas 126
- ISBN 972-608-160-2
*O preço final inclui 10% de desconto da editora (válido até 31/12/2024)
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