Talvez existam algures restos de grupos humanos, como aquele de que faço parte, que se esforçam por prolongar a sua existência miserável em plena barbárie. Resta-me explicar por que ironia cósmica consegui sobreviver, sozinho na Europa, com um pequeno grupo de crianças.
Quinzinzinzili traz à memória O Deus das Moscas, obra escrita quase vinte anos depois.
Este romance de título impronunciável é uma pérola de humor, delírio e desalento. Nos conturbados anos trinta, quando as potências se precipitam para uma nova guerra, a humanidade concretiza finalmente o seu íntimo desejo de se aniquilar a si própria. Tudo o que resta dela é meia dúzia de crianças e um único adulto. O mundo pós-apocalíptico de Quinzinzinzili (escrito em 1935) é mais do que alerta ou premonição. É o embrião da distopia aos olhos de um sobrevivente prostrado e indiferente, desiludido com a natureza humana e a reinvenção da civilização.
- TÍTULO ORIGINAL Quinzinzinzili
- © Éditions L’Arbre vengeur 2007
- TRADUÇÃO Inês Dias
- ILUSTRAÇÃO DE CAPA E CONTRACAPA Marco Mendes
- 1.ª EDIÇÃO 2017
- páginas 160
- ISBN 978‑972‑608‑305-4
*O preço final inclui 10% de desconto da editora (válido até 31/12/2024)
NÃO APLICÁVEL NOUTRAS CAMPANHAS EM CURSO