Alice Rivaz
Alice Rivaz (1901-1998), escritora e jornalista, é uma das figuras mais destacadas da literatura suíça do século XX. Na sua longa vida, dividiu-se entre a função de estenógrafa na Organização Internacional do Trabalho e a pintura, a música e a urgência da escrita. Disse sempre ter vivido sob o signo da separação: num país à margem da História, onde, em nome da independência, recusou credos, o casamento e a maternidade. Adoptou o apelido da mãe ao firmar-se como autora atenta a questões políticas e sociais, tabu na produção literária feminina da época: a defesa dos marginalizados, a representatividade das mulheres nas artes e nas letras, o sufrágio feminino. A par de uma fértil correspondência, publicou ensaios, novelas e romances, entre os quais Nuages dans la main (Prémio Schiller, 1942) e Jette ton pain (1979).