Annie Dillard
Annie Dillard (n. 1945, Pittsburgh) é, na esteira de Henry David Thoreau, uma referência da nature writing, e uma das vozes femininas neste género que contribuíram para desafiar a primazia masculina na literatura sobre a fronteira americana e a natureza selvagem. Influenciada pelo transcendentalismo de Emerson e pela poesia de Emily Dickinson, é autora de Pilgrim at Tinker Creek (1974), um «diário meteorológico da mente», amiúde comparado a Walden, que lhe valeu o Prémio Pulitzer de Não-Ficção em 1975. Agraciada com a Medalha das Artes e Humanidades em 2015, conjugou inúmeras viagens até locais recônditos do planeta e mais de duas décadas de docência na Wesleyan University. Voz inquieta em busca do sentido da existência, perpassa na sua obra – entre ensaios, romances e poemas – com indelével intensidade uma comovente reverência pelo mundo natural, pela sua violência e sublimidade.