Karel Čapek

Em 1939, quando os nazis invadiram Praga, Karel Čapek (1890-1938) foi um dos primeiros checos que quiseram deter. Acontece que este símbolo da liberdade e da luta contra as ideologias falecera um ano antes. Passou à posteridade como co-inventor da palavra «robô» (a par do seu irmão), na peça R.U.R. (1920), e como candidato ao Prémio Nobel, preterido pela Academia Sueca para não despertar a ira de Hitler. A sua carreira repartiu-se pela escrita jornalística e ensaística, pela dramaturgia e pelo romance, satirizando a ganância e o materialismo desenfreado a expensas da alma, o fanatismo e os slogans que acenam sedutoramente às massas. Numa época em que as democracias submergiam, soube alertar o homem para todo o tipo de manipulações, censurando totalitarismos que se proclamavam inquestionáveis. É considerado um dos grandes escritores checos, a par de Franz Kafka, Jaroslav Hašek e Bohumil Hrabal, e a sua obra esteve banida durante as décadas de comunismo no país.



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