Leonora Carrington

Rebelde e original, Leonora Carrington (1917-2011) arruinou os sonhos da família, que a queria debutante numa Londres cinzenta, para abraçar, aos vinte anos, a vida mais colorida dos surrealistas de Paris. Mulher que nunca quis ser musa, mas artista por direito próprio, fugiu da França ocupada e, em Espanha, travou uma luta inglória para salvar da prisão o seu amante, Max Ernst. Internada num hospício espanhol, descreveria esta experiência atroz no livro Em Baixo (1988). Escapou para Nova Iorque via Lisboa, mas foi no México que encontrou um refúgio duradouro e o ambiente propício para uma imaginação já de si prodigiosa. Uma das últimas surrealistas, dedicou-se à pintura, à escrita e à escultura até à sua morte, aos 94 anos, legando-nos uma obra visionária e plena de criatividade.



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