Ludwig Tieck
Ludwig Tieck (1773-1853), expoente do Romantismo alemão, é autor de obra vastíssima e muito diversificada.
Grande amigo e colaborador de Wackenroder na juventude, a ambos se devem algumas das principais ideias que inspiraram o movimento romântico; após a morte prematura de Wackenroder, em 1798, Tieck viveu cerca de um ano em Iena, centro daquele movimento, e aí se relacionou com escritores como Goethe e Schiller, ou ainda os irmãos Schlegel, Novalis, Fichte e Brentano.
Na sua obra, além da poesia, que cultivou sobretudo no início da carreira, do romance e das Novellen, sobressaem os contos e narrativas fantásticos, publicados entre 1812 e 1816 sob o título de Phantasus, cujo primeiro volume (de três) incorpora os textos desta edição. São ainda de sua autoria Dichterleben (Vida de poeta), de 1831, e Der Tod des Dichters (A morte do poeta), de 1838, baseados em estudos sobre as vidas de Shakespeare, o primeiro, e de Luís de Camões, o segundo.
Contudo, Ludwig Tieck não se destacou apenas como autor: com A.W. Schlegel e para além da morte deste, foi tradutor de grande parte da obra dramática de Shakespeare, devendo-se-lhe também uma tradução do D. Quijote de Cervantes que permanece, até hoje, a versão mais popular deste clássico na Alemanha.