Mário de Andrade
Figura central do Modernismo brasileiro, Mário de Andrade (1893-1945) tinha 29 anos quando decorria a Semana de Arte Moderna de São Paulo, um marco fundamental para a literatura brasileira. Publicara Há uma Gota de Sangue em Cada Poema (1917), um pequeno volume de pendor pacifista que repensa as sequelas deixadas pela Primeira Grande Guerra. Seguir-se-iam A Escrava que Não é Isaura (1925), obra na qual defende as propostas modernistas, o livro de poemas Losango Cáqui e um de contos, Primeiro Andar, ambos em 1926. No ano seguinte, lança o novo livro de poemas Clã do Jabuti. O ano de 1927 marca o seu baptismo como romancista com Amar, Verbo Intransitivo. Dá finalmente à estampa em 1928, Macunaíma, o Herói Sem Nenhum Carácter, que, segundo Oswald de Andrade, presidiu à criação de um «idioma poético nacional» e que representa o Brasil através de uma personagem simbólica como o Macunaíma.