Marlen Haushofer
Depois de uma infância idílica no Norte da Áustria, Marlen Haushofer (1920–1970) estudou Filosofia e Literatura em Viena e Graz. Viveu dividida entre as aspirações literárias e uma invisibilidade deliberada, a escrita como missão e a «frieza gélida da alma pequeno-burguesa» (Klaus Antes), que dominava a sua vida familiar. Autora que nunca quis notoriedade, recebeu o Prémio Arthur Schnitzler e, em 1968, o Grande Prémio de Literatura da Áustria. A par de Ingeborg Bachmann, é uma das maiores escritoras austríacas da sua geração e influenciou Elfriede Jelinek, que lhe dedicaria uma das suas peças. Escreveu contos e romances, entre os quais A Parede (1963), a sua obra-prima, e A Mansarda (1969), habitados por heroínas inesquecíveis.