Albert Cossery

«Se o mundo se transformou numa coisa mal-humorada, isso deve-se sem dúvida ao facto de agora ser preciso muito dinheiro para viver. A vida é muito simples mas tudo conspira para a tornar complicada. É quando nos vemos livres da ambição do dinheiro, do orgulho ou do poder que a vida se revela formidável.»

Contemplado em 1990 com o Grande Prémio da Francofonia, atribuído pela Academia Francesa ao conjunto da sua obra, e em 2000 com o Prémio Mediterrâneo pelo seu último romance As Cores da Infâmia, Albert Cossery tem vindo a ser descoberto geração após geração, e os seus livros (oito romances ao todo) estão traduzidos em inglês, alemão, árabe, checo, castelhano e português. Albert Cossery nasceu no Cairo em 1913. Vive em Paris desde 1945, num modesto quarto de hotel, no bairro de Saint-Germain-des-Prés. Publicou o seu primeiro livro, Os Homens Esquecidos de Deus, em 1940, em francês, inglês e arábe, no Cairo. Desde então editou apenas oito títulos – porque o autor, adepto da indolência, sempre fez questão de não ultrapassar as suas médias: uma linha por semana, um livro de oito em oito anos.