Os rapazes americanos que tombaram na Normandia em 1944 eram uns calmeirões que em termos estatísticos mediam 1,73 metros a peça e que se fossem dispostos no chão em fila indiana com as plantas dos pés de um encostadas ao cocuruto da cabeça do outro teriam medido em conjunto 38 quilómetros.
Saudado pela crítica como um passeio (im)pertinente e inconformista pelo século passado, Europeana (2001) tem por propósito dar-nos uma amostra da invariável estupidez humana ao longo de cem anos. Tempo de panaceias universais, de alianças entre a tecnologia e o mal e de histeria colectiva, o século XX de Europeana, à luz das estatísticas de um narrador frenético, converte-se num negro burlesco, numa grotesca enumeração de tirar o fôlego, em que coexistem a revolução bolchevique, barbies e a cientologia. No fim, fica a pergunta: terá este bárbaro século realmente terminado? Na senda de Bouvard e Pécuchet, de Flaubert, da falsa ingenuidade de Cândido, de Voltaire, e num estilo à Kurt Vonnegut, Europeana realça a vacuidade dos lugares-comuns e dos estereótipos e o autoritarismo dos discursos do saber, para melhor os combater.
- TÍTULO ORIGINAL Europeana: Stručné dějiny dvacátého věku
- TRADUÇÃO Lumir Nahodil
- ILUSTRAÇÃO DE CAPA E CONTRACAPA Luís Henriques
- 1.ª EDIÇÃO 2017
- PÁGINAS 144
- formato 13,5 x 21 cm
- ISBN 978‑972‑608‑311-5
*O preço final inclui 10% de desconto da editora (válido até 31/12/2024)
NÃO APLICÁVEL NOUTRAS CAMPANHAS EM CURSO