23/11 | Lançamento | O Socialismo Selvagem | Livraria Ferin

 

No sábado, dia 23 de Novembro, pelas 17:30, temos encontro marcado na Livraria Ferin para darmos dois dedos de conversa sobre o livro O Socialismo Selvagem, de Charles Reeve. Jorge Custódio apresentará a obra e o autor estará presente.

 

O Socialismo Selvagem (2018) é uma cartografia da insubmissão. Num ensaio documental que revisita dois séculos de contestação social (da Revolução Francesa aos protestos do Occupy, passando pelo Maio de 68, as ocupações após o 25 de Abril, os sovietes russos ou os conselhos alemães de 1920), Charles Reeve acompanha-nos, com clareza e detalhe, no trilho escarpado da emancipação dos povos – contra as metamorfoses do capitalismo, as infinitas camuflagens do totalitarismo e as vozes das elites que apelidam de «selvagens» as experiências de autogoverno que escapam ao seu controlo. Numa época de paradoxos (quanto mais crescimento, mais desigualdade; quanto melhor a tecnologia, maior o desastre ambiental), e perante a concentração da riqueza e do poder numa ínfima parte da sociedade («Nós somos os 99%»), este texto fundamental acende o holofote sobre quem procura alternativas à velha delegação permanente do poder. Nunca será tarde, como nunca foi, para ensaiar novas formas de vida – solidárias, subversivas, humanas.

Charles Reeve é Jorge Valadas. Nascido em Lisboa em 1945, entrou com 18 anos na Escola Naval para logo descobrir que se tinha enganado na porta. Oposto à guerra colonial, desertou em 1967 para Paris, onde viveu o Maio de 68 ao lado das correntes antiautoritárias, e depois para os Estados Unidos, para assistir ao movimento contra a Guerra do Vietname. De regresso a França, tornou-se electricista – ofício manual que não lhe comprometia a independência crítica – e começou a publicar os seus ensaios. Fez parte do núcleo dos Cadernos de Circunstância (1969-71) e participou no jornal Combate (1974-78). O Tigre de Papel (1975), obra sobre o capitalismo de Estado na China, põe a nu as injustiças intrínsecas de um sistema que a globalização disseminou. Crónicas Portuguesas (2001) e A Memória e o Fogo (2006), inquietas reflexões de veia libertária, dão uma visão desafogada sobre o quotidiano social e psíquico dos portugueses. O pseudónimo Charles Reeve é uma homenagem a um militante sindicalista-revolucionário, condenado em 1916, em Sidney, a dez anos de degredo por sabotagem ao «esforço de guerra».



 

Apresentação de Jorge Custódio | Preço especial de lançamento

Com a presença do autor

 23/11 | 17:30 | Livraria Ferin

A entrada é livre e a saída também.


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