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12/11 | Conversa sobre A Sociedade Autofágica, de Anselm Jappe, na Livraria Tigre de Papel
Na terça-feira, 12 de Novembro, às 18:30, temos encontro marcado na Tigre de Papel (Rua de Arroios, 25, em Lisboa) para dar dois dedos de conversa com Bruno Peixe Dias e Bruno Lamas, sobre A Sociedade Autofágica. Capitalismo, Desmesura e Autodestruição, de Anselm Jappe.
O mito grego de Erisícton, o rei ganancioso que, ao violar a natureza, foi amaldiçoado pelos deuses com um apetite insaciável e se devorou a si mesmo, é o ponto de partida deste livro e a prefiguração da sociedade actual. Ensaio sobre o narcisismo contemporâneo, os mecanismos autodestrutivos da nossa época e a sua relação com o neoliberalismo desenfreado, A Sociedade Autofágica traça o retrato de um mundo que, como Erisícton, parece devorar-se a si próprio. Em diálogo com a tradição psicanalítica e a sociologia, de Sigmund Freud a Erich Fromm e Christopher Lasch, e rejeitando as ilusões de um sujeito livre e autónomo, forjadas pelas Luzes, Anselm Jappe prossegue neste livro a sua reflexão sobre a crise do capitalismo (já encetada em As Aventuras da Mercadoria), que não só destrói o planeta, pela sua abordagem predatória, mas também a réstia de humanidade no novo homem descartável, revelando o advento de uma nova subjectividade e as coordenadas de uma significativa regressão antropológica.
Anselm Jappe nasceu em 1962 na Alemanha, tendo feito os seus estudos em Itália e em França, onde vive actualmente e é professor de filosofia. Ex-membro do Grupo Krisis, é um teorizador da nova crítica do valor e especialista na obra de Guy Debord. A sua obra articula o pensamento da Escola de Frankfurt e as suas ramificações com a teoria situacionista e a crítica global da sociedade actual.